O futebol é um esporte apaixonante, e um dos mais
praticados no mundo pelo público masculino, certo? Errado! As mulheres ganham
cada vez mais espaço no cenário futebolístico, seja num campo de várzea, seja
nos gramados mais famosos do mundo.
A paixão feminina pelo futebol já vem de longa
data, e mesmo quando o esporte não era tão aceito por esse público, já haviam
muitas praticantes, que jogavam futebol mesmo em meio a tantas dificuldades e
preconceitos. Segundo Giovana Capucim, historiadora do futebol, o primeiro
registro de uma partida de futebol (ou um match, como era chamada na época)
entre mulheres ocorreu em de 1921 quando jogaram no campo do Tremembé F. C. “Senhoritas
Tremembenses” versus “Senhoritas Cantareirenses”.
Os últimos quatro anos têm sido de grande
crescimento no número de atletas praticantes de futebol feminino na Europa, de
acordo com um estudo feito pela UEFA. Da temporada 2012/13 para a atual, o
número de jogadoras no continente europeu aumentou 218%. Já a audiência
acumulada da Liga dos Campeões Feminina, maior competição do continente
europeu, representou um crescimento de 92% entre 2013 e 2016. Dessa forma, o
crescimento do futebol feminino ultrapassou o crescimento do futebol masculino,
alcançando espaços inimagináveis a tempos atrás.
Mesmo em meio a poucos investimentos e pouca
visibilidade, o futebol feminino no Brasil tem caminhado a trancos e barrancos,
e as atletas que praticam o esporte mais apaixonante do país têm sofrido com a
baixa estrutura dos clubes e pouca infraestrutura dos campeonatos, que muitas
vezes não duram o ano inteiro, fazendo com que muitas atletas tenham que se
dividir entre o futebol e empregos paralelos.
Em 2014 a CBF, juntamente com a organização
feminina de futebol definiu por manter uma seleção permanente, onde pagava uma
media salarial de R$ 9 mil reais mensais às atletas, com algumas exceções não
muito longe desses valores, algo muito aquém do que elas realmente merecem.
O futebol feminino precisa ser cada vez mais
desenvolvido, e as oportunidades devem ser iguais para todas as atletas, desde
aquelas que atuam nos campos de terra de suas cidades, até aquelas que
representam a nação nos gramados pelo mundo a fora. Deve ser tratado com o
carinho e delicadeza que elas merecem e respeito e admiração pelos
espectadores, fazendo com que esse esporte possa ser cada dia mais disseminado
no país, afinal, o maior sonho de todas as praticantes do futebol feminino e
que o esporte cresça cada dia mais e ganhe o espaço que realmente merece.
Giovana Capucim e Silva
Mestre em História pela Universidade de São Paulo (USP) e é integrante
do GIEF (Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Futebol) e do LUDENS (Núcleo
Interdisciplinar de Estudos sobre Futebol e Modalidades Lúdicas-USP).
Referências:
Quer ler um poco mais e só dar um clik Ludopedio, Torcedores, Esporte.
Conheçam um pouco mais do trabalho da equipe feminina Gladiadoras nas redes sociais Facebook, Instagram.
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Até a proxima,
Abraços...
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