Autor: Jay Asher
Editora: Ática
Ano: 2009
Páginas: 256
Sinopse: "Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra na porta de
casa um misterioso pacote com seu nome. Dentro, ele descobre várias fitas
cassetes. O garoto ouve as gravações e se dá conta de que elas foram feitas por
Hannah Baker, uma colega de classe e antiga paquera, que cometeu suicídio duas
semanas atrás. Nas fitas, Hannah explica que existem treze motivos que a
levaram à decisão de se matar. Clay é um desses motivos. Agora ele precisa
ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico
acontecimento." (Fonte: Skoob)
Eii leitores do Cultura Pocket!
Sou a Paloma e um pouquinho sobre mim,
vocês podem conferir lá na aba “Quem Somos”.
Vou
falar um pouco sobre a sensação de ter lido esse livro aí de cima, sucesso na
Netflix e que aborda o tema desse mês de setembro, sobre a conscientização
quanto a prevenção do suicídio.
Escrito
por Jay Asher em 2007, o livro Os 13 Porquês chegou ao Brasil em
2009, através da Editora Ática. Alcançou o primeiro lugar no New York Times
Best-sellers em 2011 e em 2017 foi lançada uma série inspirada na obra de Jay,
na Netflix, confirmando ainda mais o seu sucesso.
Já
fazia um tempinho que ele estava na minha interminável lista de livros a
serem lidos. Então quando me falaram sobre o sucesso da série, percebi que não
dava para esperar mais kkkk, precisava urgentemente do livro (simmm, eu preciso
ler o livro antes da produção cinematográfica rsrs), e definitivamente
deveria tê-lo lido antes, pois é uma história que fica marcada sabe!? Que a
gente não consegue tirar da cabeça, que causa aquela famosa ressaca literária.
Enfim, é emocionante.
Bom,
então vamos lá...
"Se você
está ouvindo isso. Já é tarde demais"
(Hannah Baker)
A
história começa quando Clay chega em casa, do colégio, e encontra na sua porta
um pacote com fitas cassetes. Quando ele começa a ouvi-las percebe que foram
gravadas por Hannah, a garota nova do colégio que havia cometido suicídio há
algumas semanas. A mesma Hannah que Clay era apaixonado. Nas fitas, Hannah
conta os 13 motivos que a levaram a tomar essa decisão tão trágica e ao que
parecia Clay era um deles, ele só não sabia como e por que interferiu na
decisão de Hannah de tirar a própria vida, afinal a única coisa que ele havia
feito desde que a conhecera fora tentar se aproximar dela, fazer parte da vida
dela.
A
regra de Hannah é clara:
"um: você escuta. Número
dois: repassa. Espero que nenhumas delas seja fácil para você. Quando terminar
de ouvir os treze lados – porque há treze lados para toda história – rebobine
as fitas coloque– as de volta na caixa e repassa– as para quem vier depois da
sua história."
E
foi o que Clay fez, começou a ouvir as fitas, uma após a outra, em um ritmo
alucinante, ansioso para que chegasse àquela com seu nome e ao mesmo tempo
torcendo para que fosse um engano elas terem ido parar em suas mãos. A cada
“porquê”, Clay vai conhecendo um pouco mais sobre Hannah e suas razões para ser
tão distante. A cada fita Clay se sente mais envolvido com Hannah, mais
responsável e mais triste por não ser sido capaz evitar o ocorrido.
Eu estava ali, você, e você me mandou embora.
Em
suas narrativas, Hannah vai contando um pouco da participação que cada um teve
em sua vida. Como as palavras e atitudes de cada colega a afetou, como um
acontecimento foi desencadeando outros e outros como uma bola de neve, que foi
crescendo e crescendo, até que o inevitável aconteceu: ela se chocou contra
algo e causou um estrago enorme. Essa “bola de neve” destruiu Hannah ao ponto
de ela não conseguir mais se reerguer do chão.
A cada lado da história que Clay escuta,
ele deseja ardentemente que ela não tenha ido embora, que ela não o tenha
deixado.
"Eu estava ali, por você, e
você me mandou embora."
(Clay Jensen)
É
impossível não sentir a profundidade das situações apresentadas pelo autor no
livro, é praticamente impossível não perceber a impotência que Hannah sentia em
relação às situações que presenciava. Acho que é o fato de se tratar de algo
tão real na nossa sociedade - que é a "rotulação" precipitada imposta
pelas pessoas - que torna esse livro tão profundo e de certa forma,
"complexo". Afinal, é tão difícil falar sobre esse assunto. As
pessoas julgam e são julgadas a todo momento, e cada um reage de maneiras
diferentes às situações da vida.
Concordo
com o autor quando diz, pela voz da Hannah, que "Ninguém sabe ao
certo o impacto que tem na vida dos outros". Pois realmente
não temos muita noção disso. Nossas atitudes interferem na vida das pessoas
mesmo que indiretamente e aparentemente de forma insignificante. Uma palavra
dita, uma palavra não dita, uma atitude... algumas ações desencadeiam fatos que
afetam os outros e nos afetam, afinal não é possível recolher as cinzas com a
mesma facilidade em que as espalhamos.
Cabe
a nós fazer desse "impacto" algo positivo, pois muitos apenas estão
esperando um sinal para se sentirem acolhidos e especiais na vida de alguém. E
o diálogo é, sim, a melhor solução. Falar sobre o que te aflige é a saída para
não deixar que essa "bola de neve" cresça a ponto de não ter mais
volta.
Por
isso HOJE é o dia. HOJE é o dia de agradecer pelo dom da vida e tratar de VIVER
e não apenas EXISTIR nesse mundo em que somos apenas passageiros; HOJE é dia de
encarar os problemas de frente e para aqueles muito difíceis e complexos, pedir
ajuda; HOJE é dia de ser diferente e fazer a diferença.
"Era
exatamente isso que eu queria para mim. Queria que as pessoas confiassem em
mim, apesar de qualquer coisa que tivessem ouvido. E, mais do que isso, queria
que me conhecessem. Não aquilo que pensavam saber a meu respeito. Mas eu de
verdade."
Playlist:
Beiju!!!
E até a próxima...
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