A data foi instituída
no Brasil em 2003, e virou lei em 2011 é uma homenagem a Zumbi dos Palmares,
que morreu em 20 de Novembro de 1695. Zumbi era um líder quilombola que lutava contra a escravidão no Brasil no período colonial. Lutou até a morte pela
libertação do povo negro.
Um povo que
luta até hoje para ser reconhecido como gente de respeito, que luta até hoje
por cargos públicos e privados melhores, não pela sua cor, mas por competência
e merecimento.
O
preconceito no Brasil ainda é muito latente, vemos ainda hoje as cadeias
lotadas em sua grande maioria por negros, o trato da polícia e do Poder
Judiciário com o povo negro é diferente, nas abordagens policiais é comum ouvir
o termo “você é preto e favelado”. Em pleno século 21 é inadmissível termos atitudes desse tipo com conotação
racista, de termos atitudes raciais por conta da cor da pele.
Somos
humanos, todos iguais, como os mesmos potenciais, mesmos desejos, mesmos
sonhos. Não deveríamos julgar uma pessoa pela cor de pele, mas sim pelo
caráter, pela ética, pela competência com que desenvolve suas habilidades. O
que nos torna humanos são os sentimentos e não a cor de pele.
E não me
venham com esse papo de que não há preconceito de cor, pergunte aos negros de
comunidades carentes como eles são tratados quando procuram empregos, procuram
uma boa escola, como são tratados pela polícia na rua, os olhares de reprovação
em espaços públicos, pergunte. A resposta será sempre a mesma, ao menos uma vez
já passaram por uma situação de que se sentiram reprovados pela cor da pele.
Quantos
relatos ouviram na televisão sobre injúrias raciais contra pessoas negras como
Taís Araújo, Maria Júlia Coutinho, Cris Viana, Glória Maria....
Quantas
reportagens com relatos de ofensas em supermercados, em clubes e parques por
gente bem instruída como juízes, advogados, médicos, e pessoas comuns também.
Agora recentemente uma mãe não queria que a filha tivesse aula em um colégio,
pois a professora era negra. E um conceituado jornalista com declarações
racistas.
Não há mais
espaço para esse tipo de atitude nesses tempos, somos um povo miscigenado, com
várias culturas entranhadas em nossa raiz, com variadas línguas e cores. Com
influência de negros africanos, asiáticos, árabes, europeus e cada um
contribuiu com alguma coisa para o crescimento dessa nação.
O povo negro
contribuiu muito para o desenvolvimento do Brasil e da América, participando da
construção, de guerras, inovações em alimentação, na música, nas artes.
Esta data
deveria ser comemorada e de homenagear, de dizer obrigado. Mas a data continua
sendo de luta, assim como Zumbi, o povo negro ainda enfrenta batalhas por um
mundo mais igualitário, mais justo, mais humano.
Temos que
acabar com esse tipo de racismo, de não tolerar mais atitudes que denigrem a
raça negra. Temos que melhorar muito como seres humanos, aprimorar muito nosso
amor ao próximo, amar e respeitar as condições humanas de cada um, respeitando
as diferenças culturais e religiosas.
Viva o povo negro, obrigado pelo que vocês contribuem com nossa sociedade. Continuem fazendo a diferença. Sejam bem vindos sempre.
Livros:
“Na Minha Pele” Lazaro Ramos /2017
“O Sol é para Todos” Harper Lee/ 1960, em 1963 foi
transformado em filme pelo diretor Robert Mulligan
“Tempo de Matar” John Grisham /1988, em 1996 foi
transformado em filme pelo diretor Joel Schumacher
“O Mulato” Aluísio Azevedo /1881
Filmes:
Crash - No limite = Direção Paul Haggis
de 2005
Amistad = Direção Steven Spielberg de
1997
Estelas Além do Tempo = Direção
Theodore Melfi de 2017
Leia um pouco mais sobre o tema no artigo:
Por que ninguém liga para o maior atentado terrorista desde o 11 de setembro?
Abraços, até a próxima...
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Por que ninguém liga para o maior atentado terrorista desde o 11 de setembro?
Abraços, até a próxima...
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