Primeiro eu gostaria de agradecer. O ano de 2018 foi de muitos desafios e mudanças. Completamos nosso primeiro ano juntos. Gostaria muito de ter tido a oportunidade de fazer mais aqui no blog, confesso que alguns projetos pessoais foram adiados. Mas no fim das contas foi um bom ano.
Durante o ano tive a oportinidade de criar e partilhar com outros leitores, através do Clube do Livro de Neves redes sociais e tambem blogue, vários projetos. Entre eles a Leitura Coletiva.
Sempre digo que, apesar de ter iniciado o grupo, ele se tornou especial por causa dos participantes que foram sendo reunidos ao longo das leituras.
Hoje o grupo já conta com mais de 50 participantes bem ativos.
Hoje eu vim falar de um livro que teve uma votação incrivel. O livro chama KINDRED da autora Octavia Butler.
Título: Kindred
Autora: Octavia E. Bulter
Editora:Morro Branco
Ano:2017
Nº Páginas:432
Classificação:5
O livro foi uma bela surpresa pois eu não costumo ler ficção científica , este livro é. Tem viagem no tempo e tudo.
Hoje eu vim falar de um livro que teve uma votação incrivel. O livro chama KINDRED da autora Octavia Butler.
Título: Kindred
Autora: Octavia E. Bulter
Editora:Morro Branco
Ano:2017
Nº Páginas:432
Classificação:5
O livro foi uma bela surpresa pois eu não costumo ler ficção científica , este livro é. Tem viagem no tempo e tudo.
Octavia E. Bluter é uma escritora afro-americana nascida na Califórnia-EUA em 1947. Durante a infância ela teve e superou a dislexia. Começou a escrever aos 10 anos, se tornou conhecida por escrever ficção científica feministra e abordar o racismo em suas história. Infelizmente a autora faleceu em 2006.
"Comecei a escrever sobre poder, porque era algo que eu tinha muito pouco."
O livro lido na Leitura Coletiva de dezembro foi publicado pela primeira vez em 1979. E conta a história de Dana, uma escritora negra casada com um também escritor (branco), que de repente começa a viajar no tempo para o ano de 1815 em uma américa onde ainda havia escravidão.
Logo nos primeiros capítulos a autora já começa a nos explicar os motivos que fazem com que Dana viaje no tempo, ela tem de garantir a continuidade de sua linhagem familiar evitando que o patriarca Rufus morra.
"Agora eu tinha certeza. O garoto me atraiu de alguma forma quando se meteu numa encrenca maior do que era capaz de resolver."
Estas viagens vai se repetindo ao longo do livro em todos os momentos em que Rufus se vê em uma situação potencialmente mortal.
Apesar de a forma como a viagem se realiza não ficar clara na história a autora escreve de forma envolvente e sensível. Você é capaz de se colocar no papel da Dana, que se vê como escrava, passando por vários sofrimentos psicológicos e físicos.
"A principio, fiquei paralisada, incapaz de me mexer nem de me defender, mesmo quando ele começou a me bater, a me socar. Nunca tinha apanhado daquele jeito antes, nunca pensei que poderia aguentar tanta agressão sem perder a consciência."
Toda a temática envolvendo a escravidão e tratada de forma sensível e com detalhes históricos reais o que contribui para dar mais credibilidade a história.
"Como se os alemães tivessem tentado fazer, em apenas alguns anos, o que os americanos praticaram por quase dois séculos. "
A passagem de tempo vai te dar a oportunidade de presenciar este ancestral, Rufus, em vários momentos da vida. E a gente torce sempre para que ela fique segura e possa influenciar de forma positiva na história. Outro ponto auto da história e a forma como o preconceito também é apresentado no tempo presente, 1976, e ela relata um pouco de como os casamentos interraciais eram encarados pela sociedade. Neste ponto, palmas para o Kevin, o personagem casado com a Dana é cativante, deixando o leitor com vontade de saber mais sobre ele.
" ... Você não precisa bater nas pessoas para trata-las com brutalidade."
Eu me envolvi muito com a trama, por várias vezes os sofrimentos relatados me levaram a refletir sobre o comportamento humano, e como se tratava de um leitura coletiva pode compartilhar minhas angústias com os outros leitores o que deixou a experiencia ainda melhor.
Se você ainda não conhece as obras desta autora eu super recomendo que você de uma chance pois com certeza vai gostar.
Prepare os lencinhos pois esta foi uma leitura que me fez chorar.
"Todas as lutas são, essencialmente, lutas sobre poder."
E você já leu alguma coisa desta autora?
Me conta aí nos comentários se leu, o que achou, se ficou curioso.
Aproveita e vem participar das nossas leituras coletivas. Todo mês um livro diferente escolhido por votação no grupo do whatsapp com debates e metas semanais.
Beijos...
"Comecei a escrever sobre poder, porque era algo que eu tinha muito pouco."
O livro lido na Leitura Coletiva de dezembro foi publicado pela primeira vez em 1979. E conta a história de Dana, uma escritora negra casada com um também escritor (branco), que de repente começa a viajar no tempo para o ano de 1815 em uma américa onde ainda havia escravidão.
Logo nos primeiros capítulos a autora já começa a nos explicar os motivos que fazem com que Dana viaje no tempo, ela tem de garantir a continuidade de sua linhagem familiar evitando que o patriarca Rufus morra.
"Agora eu tinha certeza. O garoto me atraiu de alguma forma quando se meteu numa encrenca maior do que era capaz de resolver."
Estas viagens vai se repetindo ao longo do livro em todos os momentos em que Rufus se vê em uma situação potencialmente mortal.
Apesar de a forma como a viagem se realiza não ficar clara na história a autora escreve de forma envolvente e sensível. Você é capaz de se colocar no papel da Dana, que se vê como escrava, passando por vários sofrimentos psicológicos e físicos.
"A principio, fiquei paralisada, incapaz de me mexer nem de me defender, mesmo quando ele começou a me bater, a me socar. Nunca tinha apanhado daquele jeito antes, nunca pensei que poderia aguentar tanta agressão sem perder a consciência."
Toda a temática envolvendo a escravidão e tratada de forma sensível e com detalhes históricos reais o que contribui para dar mais credibilidade a história.
"Como se os alemães tivessem tentado fazer, em apenas alguns anos, o que os americanos praticaram por quase dois séculos. "
A passagem de tempo vai te dar a oportunidade de presenciar este ancestral, Rufus, em vários momentos da vida. E a gente torce sempre para que ela fique segura e possa influenciar de forma positiva na história. Outro ponto auto da história e a forma como o preconceito também é apresentado no tempo presente, 1976, e ela relata um pouco de como os casamentos interraciais eram encarados pela sociedade. Neste ponto, palmas para o Kevin, o personagem casado com a Dana é cativante, deixando o leitor com vontade de saber mais sobre ele.
" ... Você não precisa bater nas pessoas para trata-las com brutalidade."
Eu me envolvi muito com a trama, por várias vezes os sofrimentos relatados me levaram a refletir sobre o comportamento humano, e como se tratava de um leitura coletiva pode compartilhar minhas angústias com os outros leitores o que deixou a experiencia ainda melhor.
Se você ainda não conhece as obras desta autora eu super recomendo que você de uma chance pois com certeza vai gostar.
Prepare os lencinhos pois esta foi uma leitura que me fez chorar.
"Todas as lutas são, essencialmente, lutas sobre poder."
E você já leu alguma coisa desta autora?
Me conta aí nos comentários se leu, o que achou, se ficou curioso.
Aproveita e vem participar das nossas leituras coletivas. Todo mês um livro diferente escolhido por votação no grupo do whatsapp com debates e metas semanais.
Beijos...
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