O mundo dos animes é um
portal para o inimaginável.
Uma viagem entre universos
reais e outros repletos de fantasia. Eu sou apaixonada por esses animes, fico
numa tempestade de emoções a cada episódio. Tem anime para chorar, outro para
gargalhar e outros para pensar estrategicamente.
E é nesse último tipo que
está a nossa dica de hoje: No Game, No Life.
Estilo do Anime: Série.
Gênero: Aventura, Comédia, Ecchi, Fantasia, Sobrenatural
Autor: Yū Kamiya
Direção: Atsuko Ishizuka
Estúdio: Madhouse
Tipo de Episódio: Legendado
Episódios: 12
Ovas: 6
Filmes: 1
Status do Anime: Completo
Ano: 2014
Autor: Yū Kamiya
Direção: Atsuko Ishizuka
Estúdio: Madhouse
Tipo de Episódio: Legendado
Episódios: 12
Ovas: 6
Filmes: 1
Status do Anime: Completo
Ano: 2014
Sinopse: A história se passa ao redor de Sora e Shiro, irmãos cuja reputação como NEETs
brilhantes, gamers reclusos, espalhou várias lendas urbanas pela internet,
Esses dois gamers até mesmo consideram o mundo real como um "jogo com
péssimos gráficos". Certo dia, eles são evocados por um garoto chamado
"Deus" ou “Tet” para um mundo alternativo. Lá, Deus proibiu a guerra
e declarou este um mundo onde "tudo é decidido com jogos", até
fronteiras de países. A humanidade foi conduzida de volta à única cidade
restante pelas outras raças. Sora e Shiro, os irmãos inúteis se tornarão os
"Salvadores da Humanidade" neste mundo alternativo? "Que os
jogos comecem!"
“Esse mundo [Terra]... é um jogo ruim.” (Kuuhaku)
E aqui começamos nossa
aventura. Antes de tudo gostaria de afirmar que No Game, No Life é um dos
animes mais estrategistas e impressionantes, visual e enredo, que já vi.
Lançado em 2014 pelo Estúdio Madhouse, responsável por “Sakura Cardcaptor”
e o filme presente no catálogo da Netflix "A garota que conquistou o
mundo", fez grande sucesso na época com média geral de 8,85 (Banco de
Séries) e 8,28 (The Anime List). Encantou milhares de Otakus pelo mundo que
aguardam até hoje uma segunda temporada que, com certeza, seria ainda melhor
que a primeira em questão de enredo. Em julho de 2017 foi lançado o filme Zero,
um prequel do anime que explica o que aconteceu antes de Sora e Shiro conhecer Disboard,
o mundo dos jogos. Boatos dizem que uma segunda temporada está em produção
[torço que sim \o/].
Voltando ao No Game, No
Life. O anime começa nos apresentando 2 irmãos, Sora e Shiro, que juntos formam
Kuuhaku, um personagem imbatível em todos os jogos da internet, uma lenda
urbana terráquea. E como sabemos que tudo nesse anime tem uma explicação,
começamos então pelo nome Kuuhaku: O
símbolo para Sora (que significa “céu”) é 空, e
o para Shiro (que significa “branco”) é 白.
Já para formar “espaço em branco” ou “espaço vazio” é a união dos dois, 空白.
Isso basicamente define Kuuhaku: a união de Sora e Shiro.
Pelas suas habilidades extraordinárias, a um
nível de gênios com QI altíssimo, chamam a atenção de Tet, o Deus de
Disboard, que não perde tempo e os joga (literalmente) no mundo de jogos, onde
tudo é decidido a base de uma boa jogatina de qualquer tipo, contando com 10
regras que explicam tudo o que pode e não pode no mundo, ou seja, um playground
para essa dupla de irmãos.
Disboard tem 16 raças no planeta, uma delas é a
Imanity = a raça humana, que está em extrema desvantagem e perdeu muito
território por não possuir nenhuma mágica ou dom para os jogos. Porém isso irá
mudar com as chegada de Kuuhaku. Assim que chegam já participam de
vários jogos e trazem um olhar diferente para os jogadores de Elkia, o reino
dos humanos, principalmente que regras existem, mas nem tudo é no preto e no
branco, dependendo da forma que você consegue interpretar cada regra o jogo
pode mudar completamente, e temos uma demonstração maravilhosa com um jogo de
xadrez vivo (super lembrei de Harry Potter aqui) e Sora consegue enxergar como
ganhar o jogo ao seu modo e sem quebras as regras. Não vou falar mais para não
dar spoiler, mas é fantástico. Ahh e sempre quando vão iniciar um jogo usam a
palavra Aschente (juro pelas regras).
Um fato bem interessante é o fato do
anime ser extremamente colorido, um dos primeiros que assisto que abusa das
cores, porém de forma harmônica, mudando a intensidade de acordo com a tensão
das cenas ou usando cores mais alegres quando os personagens se divertem
jogando.
Assim como a maioria dos animes, por
trás das histórias temos algumas lições de vida e cutucadas na sociedade. Esse
não poderia ser diferente. Kuuhaku vive dentro de casa 24 horas, sem contato
com a sociedade, não confunda com hikikomori (pessoas que vivem isolados por anos sem sair
de casa), eles são NEET’s (sigla para a expressão em inglês "not
in education, employment, or training", algo como "fora da
educação, emprego e formação profissional"). Eles detestam a sociedade e
os humanos em si, pois os humanos vivem suas vidas na rotina do dia e esquecem
de viver de verdade, procuram a resposta mais fácil para tudo, não se desafiam
e não se aventuram a aprendem coisas novas, ter novos conhecimentos, apenas
vivem até morrer. Para Kuuhaku isso é morrer antes da morte.
Mas não se
enganem, eles não detestam a humanidade. A humanidade tem seus erros, mas é a empatia e a força de
vontade do humano e, acima de tudo, a persistência que nos fazem únicos e é nisso
que eles acreditam. Não acreditam na humanidade em si, acreditam nas
possibilidades da humanidade, nos pontos fora da curva, nas pessoas que se
destacam e preferem viver de forma diferente a se entregar num mundo
capitalista e que te faz vegetar vivo. Isso não é viver.
Precisamos de alegria na vida, não
apenas responsabilidades. E não ache que eles fogem de responsabilidades, eles
conseguem reinar perfeitamente e cuidar de políticas de um reino de forma
majestosa. É isso que o anime tenta passar, não é porque eles não se encaixam
nessa nossa forma de sociedade cheia de preocupações e estresses diários que
eles não inúteis. Eles são incríveis, mas não gastam sua vida sofrendo com as
dores de viver num mundo que valoriza mais o dinheiro que a vida.
E aí está nossa crítica direta a
sociedade mundial. Qual foi a última vez que você parou para viver? Para
respirar ar puro? Para se divertir? Para aproveitar o momento sem preocupações
da vida real?
Não acredito na humanidade, acredito nas
possibilidades da humanidade.
Vivemos soterrados de problemas e
preocupações e tarefas infindáveis e esquecemos como era bom viver como
criança, quando você brincava nada mais importava, sua atenção total estava
ali. Sinto falta disso, de apenas relaxar e aproveitar cada minuto do meu dia
sorrindo, sem pensar que amanhã tudo volta ao normal. Limpar a mente totalmente
e focar no hoje.
No game, No life é um jogo de
estratégia política e táticas de guerra baseadas em conquista através de jogos,
ele te faz focar em cada jogo pois alguns apostam terras, dinheiro e até a
vida, já que todo conflito nesse mundo é resolvido através de jogos. Kuuhaku
traz a vontade de sorrir, a diversão para cada jogo e prova para todos que
jogos são divertidos e podem te fazer sorrir de verdade.
Não adianta conquistar e usar a força
para que todos abaixem a cabeça. O mundo é um jogo e jogos são divertidos e
feito em conjunto. Então vamos nos divertir e jogar juntos!
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