Oi Pockets!!!
Hoje vamos para mais um livro de mulherzinha, desta vez vamos conhecer duas amigas Cecile e Malikah. Duas mulheres em situações completamente diferentes mas que resolvem contra todas as possibilidades se manterem amigas. O livro é o segundo desta série da escritora Marina Carvalho. Inclusive temos a resenha do primeiro aqui no blog (Resenha).
Hoje vamos para mais um livro de mulherzinha, desta vez vamos conhecer duas amigas Cecile e Malikah. Duas mulheres em situações completamente diferentes mas que resolvem contra todas as possibilidades se manterem amigas. O livro é o segundo desta série da escritora Marina Carvalho. Inclusive temos a resenha do primeiro aqui no blog (Resenha).
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Título: O amor nos tempos do ouro
Autora: Marina Carvalho
Editora: GloboAlt
Ano: 2016
Nº de páginas: 328
Classificação: 5
Sinopse: Malikah conheceu muito cedo toda a crueldade de que o ser humano é capaz. Escravizada e trazida ainda criança da África ao Brasil, sofreu as mais diversas formas de violência, especialmente depois de ter engravidado de Henrique, o filho do dono da fazenda onde trabalhava. Mesmo sendo resultado de uma relação de amor, estar grávida de um de seus senhores era uma afronta aos homens da casa-grande, por isso Malikah foi duramente castigada e quase morta.
Malikah e seu bebê, Hasan, só conseguiram escapar com a ajuda de Cécile e Fernão, que lhes deram abrigo na Quinta Dona Regina, um lugar novo onde todos, brancos e negros, poderiam viver em liberdade. Porém, mesmo com a relutância de Malikah, Henrique continua por perto, arrependido por não ter protegido sua amada e tentando se aproximar de Hasan.
Mas como um homem que foi ensinado a cometer tantas atrocidades poderá dar a uma criança o amor incondicional? Apesar de Malikah ainda sentir algo por ele, é possível perdoar alguém que representa para ela tantos anos de injustiça e sofrimento? (Skoob)
Malikah era ainda muito jovem quando foi trazida da Africa em um tumbeiro junto com sua mãe para ser escrava na Fazenda Real pertencente a Euclides de Andrade no ano de 1720. Sua mãe Adana, uma formosa negra, foi levada a trabalhar na casa grande sendo obrigada a "servir" Euclides. Malikah passa então a viver "sozinha" na senzala. E triste e impactante ver como os negros foram desrespeitados e maltratados na história do Brasil colonial. Apesar de todas a infelicidade e maus tratos Malikah se torna amiga do filho de Euclides, Henrique, que também recebe do pai sua cota de maldade e maus tratos, ainda que muito menores que as da menina.
"Vivemos em um mundo injusto e cruel, querida, onde seres humanos subjugam seus semelhantes sem remorso. A maioria dos brancos é doutrinada desde cedo a acreditar que pessoas de outras raças são inferiores."
Os anos vão passando e apesar de tudo a amizade entre eles só cresce, e o que a principio não incomodava Euclides passa a incomoda-lo, e ele faz tudo ao seu alcance para que a jovem seja vista com maus olhos pelo filho, mas o amor entre eles cresce Malikah se entrega por amor a Henrique e acaba por engravidar. Henrique influenciado pelo pai acaba abandonando a jovem gravida a própria sorte. No liro anterior acompanhamos a fuga de Malikah da fazenda, auxiliada por Hasan um escravo que sempre foi apaixonado por ela. Hasan acaba sendo morto, Henrique arrependido vai atrás dela e agora vemos sua tentativa de mostrar a Malika que ele mudou e que é digino tanto do amor dela quanto do filho deles.
Alguns pontos na trama me deixaram um pouco decepcionada, a Malikah é uma mulher forte, uma sobrevivente, mas apesar disso ela acaba não sendo a protagonista de sua própria historia. Em varias situações Henrique acaba sendo o "herói" dela. Apesar de entender que no ano de 1700 as mulheres eram muito mais independentes, eu senti que a orça da Malikah vai se perdendo ao longo da história.
"Branco, pardo, negra
Que importância tal variedade tinha/ Exceto como indicadora de pluralidade, mais nenhuma Eram somente pessoas"
A garota sobrevivente de um navio negreiro, criada sem mãe que desafia seu "dono" para ter o filho e que tem coragem de fugir da fazenda em que era escrava, acaba deixando muitas vezes que seu destino seja determinado por outras pessoas. Isso me entristeceu um pouco eu esperava por uma guerreira e acabei encontrando um donzela. Sua força existe, mas esta nas entrelinhas.
Toda a historia do casal Malikah e Henrique e contada através das memorias e flashback porem muitas das atitudes deles não me convenceram o suficiente, acho que tenho um coração mais duro que ela kkkk.
"Num período em que vidas eram usurpadas, e estraçalhadas ao bel-prazer dos senhores de escravos, uma forma de as mulheres negras elevarem a voz contra tantos atos de violência era o aborto, que tinha dois objetivos em definidos: livrar os filhos do cativeiro e da maldade e negar a reposição da mão de obra escravizada."
No fim da história um ato heroico de Henrique acaba por realmente demonstrar sua mudança.
Apesar das ressalvas já mencionadas é uma boa historia, dá para perceber que a autora se dedicou bastante no trabalho de pesquisa. A amizade entre as personagens também é muito bonita, o olhar sem preconceitos da Cecile faz a gente ter esperança, apesar de ser um ficção. O filho do casal Malikah e Henrique é um pequeno muito travesso e está sempre envolvido em alguma confusão.
O final deixa a gente com a sensação de que ainda encontraremos mais uma história destes personagens. Tomara!!!!
Agora que você já conhece estas duas Mulherzinhas, me conta aí se já leu algo desta autora? Se gosta de romance? S conhece outra historia de romance entre uma escrava e um "senhor"?
Vamos bater um papo aí nos comentários.
No próximo mês eu volto com ostras mulherzinhas para compartilhar com vocês.
Beijos
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