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THE DIVISION - Alex Irvine


Ola Pockets!!!

Chegou a hora de mais uma resenha no blog, e desta vez, iremos falar de um livro, que mistura pitadas de distopia, realidade atual e ação direto dos videogames!! vamos nessa!

 

Título: Tom Clancy's The Division: Broken Dawn
Autor: Alex Irvine 
 Editora: Record 
Ano: 2020
Páginas: 368
Classificação: 4,2

Sinopse: Meses após o surgimento de um novo vírus mortal que dizimou Nova York na Black Friday, os Estados Unidos começam a reabrir. Em meio a um governo destruído, uma infraestrutura decadente e uma civilização em plena erosão, a Divisão – um grupo autônomo de agentes preparados para agir quando tudo mais falha – é responsável por proteger a população das consequências sociais da pandemia, que fizeram do país um ambiente hostil: os predadores, saqueadores e criminosos que se aproveitaram do caos social para oprimir a sociedade. Aurelio Diaz é um desses agentes. Um homem de palavra, Diaz está investigando o caso de um colega que inexplicavelmente abandonou o posto e causou a morte de diversos civis. As pistas o levam até April Kelleher, uma civil que viajou de Nova York ao meio-oeste americano em buscas de respostas igualmente cruciais. Lá, ela pretende descobrir o motivo do assassinato do marido e entender se existe de fato uma cura para o vírus. Apesar de distantes e enfrentando adversidades particulares, April e Aurelio precisarão encontrar maneiras de se adaptarem às novas circunstâncias, ao mesmo tempo em que perceberão o quanto suas histórias se conectam.

É até estranho ler esse livro com tudo que estamos passando atualmente, pois a narrativa fala justamente sobre um vírus que causa uma pandemia e por sua vez, um caos nos Estados Unidos e mesmo o livro sendo classificado como uma distopia, é difícil não fazer comparações com a situação vivida pelos personagens com o que é agora nosso novo comum: desorganização, incertezas e sentimento de esperança movem os personagens em busca de um futuro melhor, mas vamos por partes. 

A narrativa é uma adaptação do célebre jogo da Ubisoft: The Division, a qual em questão de cronologia, se passa entre o primeiro e o segundo game, ambos lançados para a geração atual dos videogames (PS4/Xbox One e PC). Mostra os acontecimentos após a disseminação do Vírus Verde (também chamado vírus do dólar), provocada por Gordon Amherst, que contaminou cédulas de dinheiro com um tipo de mutação do vírus da varíola, ocasionando a morte de milhares de pessoas nos Estados Unidos e levando a destruição do sistema de governo e social, após o desastre, muitas pessoas estão em quarentena em Nova York sob proteção da FTC, um grupo militar aliado ao governo que está fazendo de tudo para tentar retomar o controle governamental do país, tentando proteger os civis e combatendo milícias que querem tomar o poder - isso cheira a Brasil não é?- e grupos de bandidos que estão saqueando e tomando territórios. Neste cenário a FTC tem a ajuda de um grupo de soldados conhecidos como "A divisão", soldados-agentes treinados e com recursos tecnológicos que ajudam a FTC no combate e proteção, eles são considerados heróis pela maioria das pessoas, eles são reconhecidos por usarem uma mochila tática e um relógio laranja que não só os identifica como membros do grupo, como também possibilita a comunicação com a rede ISAC, uma espécie de sistema operacional cheio de recursos de comunicação e rastreamento. É neste cenário que entramos na pele dos personagens principais do livros que estão divididos em 4 arcos principais:

"As vezes, fazer um plano, é contar uma mentira para si mesmo"

VIOLETCom apenas 9 anos, ela é uma criança órfã que após a disseminação do vírus tenta sobreviver junto com outras crianças, entre elas, Amelia e Ivar, filhos de Aurélio Diaz, um agente da Divisão que teve que deixá-los para ir em uma missão. Eles estão sendo protegidos por alguns Adultos que tentam desesperadamente conseguir um local seguro em meio ao caos em Washington, eles estavam abrigados em um Hotel, mas tiveram que sair devido uma inundação, conseguem se estabelecer em uma espécie de castelo, porém, irão perceber que nem tudo é o que parece, principalmente em  confiar nas pessoas. Violet apesar de criança, demonstra uma grande sensatez e maturidade para lidar com as situações cruéis que tem que experimentar, e foi interessante perceber que mesmo sendo crianças, elas sabem o que se passa no mundo dos adultos, e esconder sentimentos e problemas, não funcionam com elas, isso foi o que mais achei legal no arco da personagem, ter uma panorama do mundo delas sob uma realidade catastrófica.

APRIL KELLEHERMulher destemida que tenta descobrir o motivo do assassinato de seu marido, Bill kelleher, ela consegue lidar com as mais diversas situações seguindo dicas de um livro de sobrevivência e usando o equipamento de um agente da divisão que morreu para salvá-la, em um primeiro momento, ela segue em busca do autor do livro, um grande cientista chamado Roger Koopman, e nessa busca, ela acaba descobrindo pistas que podem levá-la não só para as respostas do assassinato de seu marido, como também a uma provável cura do vírus verde, que a faz furar a quarentena em NY e embarcar numa jornada pelo país. O desenvolvimento da personagem é muito bom, pois é com ela que vemos como as pessoas estão lidando com a situação nos mais diversos lugares do país,  devido a pandemia, muitos recursos estão escassos, quase não tem energia elétrica e combustível (que são considerados extremamente valiosos nessa situação) e é a cada encontro que April tem (de pessoas comuns até um grupo místico militar ao estilo das cruzadas medievais kkkk), que temos uma noção de como as pessoas podem tirar forças e esperanças de onde não tem para sobreviver no meio do caos.

AURÉLIO DIAZUm agente da divisão que teve a difícil decisão de deixar seus filhos, Amelia e Ivar para embarcar em uma missão em Nova Yoirk, ele acredita que o caos provocado pelo vírus vai passar, por isso não mede esforços em ajuda a FTC no combate a gangues e milícias que aterrorizam vários lugares onde civis estão refugiados. após meses sem os ver, Aurélio tem a chance de retornar para Washington, porém, um acontecimento inesperado o faz mudar seus planos, depois de topar com uma mulher desconhecida na zona sombria (um local sem proteção da FTC onde a violência é generalizada) que está usando equipamentos da divisão, ele recebe um pedido de socorro de outro agente, Ike Ronson, ao chegar no local, ele descobre que o agente abandonou o posto, e essa fuga de combate custou a morte de vários civis, entre elas, muitas crianças, após lidar com a situação, ele decide perseguir o agente traidor e essa perseguição o faz descobrir mais do que ele esperava, não só do agente, como também a respeito da mulher desconhecida. É através de Aurélio que conhecemos um pouco mais sobre como funciona a divisão e seus recursos, existe uma tal de diretiva 51, uma regra que todo agente pode praticar, recusando ou não uma missão, é por essa diretiva que se conhece a ética e moral dos agentes, pois ficar pra si com a responsabilidade de poder salvar ou não pessoas, não é fácil, e ao escolher salvar outras pessoas e ajudar a restabelecer o país ao invés de voltar para seus filhos, que enxergamos o grande valor dos nossos ideais por um futuro melhor que estão condensados no agente Aurélio.

Uma pandemia irreal com semelhanças da real.
IKE RONSONOutro agente da divisão, ele aparece na narrativa após alguns eventos com outros personagens (a fuga de April da quarentena em NY), ele está desacreditado e sem esperança de melhora da situação, seja por saber das limitações da FTC quanto da divisão, por causa desse pessimismo, ele acaba seguindo ordens de uma organização secreta que aparentemente tem muito mais recursos que o governo, é nessa organização que ele deposita suas fichas e acaba aceitando a missão de perseguir April kelleher a mando de um contato intitulado de Louva-Deus, para despistar suas intenções, ele cria uma situação de conflito onde está e pede reforços para a divisão, saindo logo em seguida do local atrás de April. Apesar de servir como o antagonista da história, o autor foi muito feliz em não se prender no clichê de malevolência, Ike Ronson, mostra seus motivos para não seguir tanto a divisão, quanto a FTC, e mesmo sendo condenáveis, eles tem uma justificativa crível, que passa pelo abandono dos ideais e crenças que qualquer um pode ter, ao lidar com uma realidade cruel e desumana.


Finalizando, The Division: Broken Dawn é muito bom, tem tudo que uma boa história deve ter, alimentando com isso, uma possível continuação, pois a ubisoft fez uma excelente franquia que pode ser explorada ainda mais, pois além dos jogos e livros, The Division vai ganhar um filme na Netflix. A minha única crítica negativa do livro se dá por conta da descrição dos lugares onde os personagens transitam, o autor não se preocupou em criar uma descrição de detalhes para gerar uma identificação e mapa mental para quem lê e nunca pisou ou conheceu os Estados Unidos de verdade, ele resumiu todos os lugares com seus nomes e só, se você não sabe como é a 10th avenida, o captólio, a sede de Washington entre outros lugares, o livro não vai te ajudar a se situar, fora isso, o livro merece ser lido e  entrar nesse universo de um vírus e pandemia fictícia é uma excelente pedida e passatempo para passar por esse nosso vírus e Pandemia real.







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