Oi pockets!!!
Hoje a resenha do penúltimo livro do nosso projeto de Clube de leitura em parceria com a Harper Collins Brasil.
O tema do nosso clube de leituras é agentes secretos, foram várias leituras incríveis e a leitura escolhida por nossa parceira foi "A mãe perfeita" livro de estreia da autora Aimee Molloy.
Livros lidos no Clube de Leitura #SLAS |
Resenha: Mesmo nosso Clube tendo relação com trilher e agentes secretos este foge um pouco desta fórmula mas nem por isso deixa de ser um livro surpreendente e levantar vários questionamentos relevantes sobre os padrões de comportamento esperados das mulheres e principalmente das mães.
"Nunca gostei do termo Mamãe. É tão forçado, tão politico. Não somos mamães. Somo mães. Pessoas. Mulheres que por acaso ovularam no mesmo período e depois deram a luz no mesmo mês. Estranhas que se escolheram - pelo bem dos seus bebês e da nossa sanidade - tornaram--se amigas."
A história aborda um grupo de mães que se conheceram por meio das redes sociais, todas moram na região do Brooklin e todas tiveram seus bebês no mês de maio. Após o nascimento dos bebês uma delas propõem se encontrarem uma vez por semana em um parque na região e assim começam os encontros. Em um destes encontros elas percebem que uma das mães está muito deprimida e sugere uma saída a noite sem os filhos para que possam se distrair, e é nesta fatídica noite que uma das crianças, o bebê Midas desaparece.
A partir deste momento começamos realmente a conhecer as personagens principais desta historia e vemos que tanto o que cada uma acredita conhecer da outra e questionado. A mídia, como quase sempre acontece, utiliza o comportamento pregresso das mães envolvidas no drama como arma contra elas.
"Mas fica com muito medo de que, se começar, vai chorar e não parar nunca mais, medo de ser engolida pela tristeza, por tanta opressão, pela certeza de que está tudo desmoronando."
Eu que sou mãe já passei meus apertos em minha primeira maternidade, e também na segunda, sei como existe toda uma mitologia que envolve a maternidade. A mulher e sua individualidade deixam de existir e papel de mãe praticamente passa a te definir. Achei fantástico ela abordar e questionar pontos que muitas mulheres não tem coragem de falar como por exemplo que a amamentação nem sempre é linda como mostrada na TV, que voltar a vida sexual pode ser uma coisa difícil, ganho de peso, exaustão e tantos outros aspectos que muitas vezes são ignorados quando nos é imputada a condição de mãe.
Mas a mensagem maior desta história, pelo menos para mim, é que não existe mãe perfeita. O que funciona bem para uma mulher pode não funcionar para outra, não se cobre tanto, você é só humana e vai falhar mesmo sendo a melhor mãe que conseguir ser.
Decididamente um livro muito bom e com várias reflexões sobre o papel social da mulher em uma sociedade tão machista.
Aproveitando o tema vou indicar a serie O Alienista, 2ª temporada que estreou na Netflix em outubro e também aborda a questão da maternidade e sequestro de bebês. A trama se desenrola em Nova York no ano de 1890. A historia se inicia com uma mulher sendo executada na cadeira elétrica acusada de matar seu bebê, e desenrola para o sequestro da filha de um diplomata. A sensibilidade da personagem Sara Howard (Dakota Fanning) e sua agência de investigadoras dão um tom feminista a história.
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Beijos,
Até a próxima!
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