Oi Pockets! 💜
Tudo bem com vocês?
O post de hoje é sobre um livro que escolhi após
ganhar um sorteio interno entre os integrantes do blog.
O livro que escolhi foi "Heroínas Negras em 15 cordéis" da Jarid Arraes.
Título: Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis
Autora: Jarid Arraes
Editora: Seguinte
Ano: 2020
Nº de Páginas: 176
Classificação: 5 ☆ + ♡
Sinopse:
"Talvez você já tenha ouvido falar de Dandara e Carolina Maria de Jesus. Mas e Eva Maria do Bonsucesso? Luisa Mahin? Na Agontimé? Tia Ciata? Essas (e tantas outras) mulheres negras foram verdadeiras heroínas brasileiras, mas pouco se fala delas, seja na escola ou nos meios de comunicação. Diante desse apagamento, há anos a escritora Jarid Arraes tem se dedicado a recuperar ― e recontar ― suas histórias.
O resultado é uma coleção de cordéis que resgata a memória dessas personagens, que lutaram pela sua liberdade e seus direitos, reivindicaram seu espaço na política e nas artes, levantaram sua voz contra a injustiça e a opressão. A multiplicidade de histórias revela as mais diversas estratégias de sobrevivência e resistência, seja na linha de frente ― como Tereza de Benguela, que liderou o quilombo de Quariterê ― ou pelas brechas ― como a quituteira Luisa Mahin, que transmitia bilhetes secretos durante a Revolta dos Malês.
Este livro reúne quinze dessas histórias impressionantes, ilustradas por Gabriela Pires. Agora, cabe a você conhecê-las, espalhá-las, celebrá-las. Para que as próximas gerações possam crescer com seu próprio panteão de heroínas negras brasileiras."
Não conhecia a escrita da Jarid e estou encantada com
a maneira que ela consegue passar força e sensibilidade através de seus
cordéis.
Como o título já fala, vamos conhecer a história de 15
mulheres que deveríamos conhecer na escola, nos livros, na história do Brasil,
mas que algumas não conhecemos nem através do movimento negro, quem dirá nas
escolas, que mesmo as públicas buscam ser elitistas, racistas e machistas.
Conheceremos através dos versos desses cordéis
histórias sofridas de lutas e amores.
Amor pela vida, pela liberdade, pelo ensino, pelos
seus semelhantes, amor pela cultura de seu país de origem, por seus deuses e
santos, pela sua música, amor por viver e lutar por um lugar que seja pelo
menos justo para que haja vida do povo negro, povo indígena. De todo o povo que
foi escravizado, tirado a força de seu lugar e vendidos como mercadoria sem
valor algum para aqueles que compram, usam, abusam, maltratam, destroem.
Uma leitura necessária para todos. Para os negros
verem que tem força e que seus ancestrais lutaram para conseguirmos o pouco de
liberdade que temos. Para não desistimos de lutar até termos a igualdade de
direitos que nos é um direito.
Para os brancos, uma maneira de reconhecer a força e a
luta da gente negra/preta e conceder o lugar igualitário que é nosso por
direito.
Vou citar aqui as mulheres incríveis que desse livro e
um quote sobre cada uma pelas palavras de Jarid:
Antonieta de Barros
Aqualtune
Carolina Maria de Jesus
Dandara dos Palmares
"Guerrear pelo seu povo
Era o que lhe motivava
O sonho da liberdade
Para todos cultivava
Sendo muito decidada
Era até envaidecida
Pela força que ostentava."
Esperança Garcia
Eva Maria do Bonsucesso
Laudelina de Campos Melo
"Promovia atividades
De alfabetização
Pra criar a consciência
De reivindicação
Entre as trabalhadoras
Espalhava informação."
Luísa Mahim
"Nos quitutes que vendia
Ela neles enrolava
As mensagens escondidas
Que em árabe espalhava
Ajudando nos motins
Que também organizava."
Maria Felipa
"Reunidas as guerreiras
Por Felipa lideradas
Colocaram fogo alto
Nas embarcações chegadas
E que eram inimigas
Da gente mobilizada."
Maria Firmina dos Reis
"A primeira romancista
Que foi negra e nordestina
Soube usar com esperteza
O fulgor da sua sina
Trabalhou suas palavras
Mesmo sendo clandestina."
Mariana Crioula
Desse feito exemplar
E ficou para a história
Pela gana de lutar
Na batalha ou na mentira
Sua vida quis salvar."
Na Agontimé
Foi Maria Jesuína
O nome que lhe impuseram"
Tereza de Benguela
Tia Ciata
Zacimba Gaba
"Pelas noites, da senzala
Um alto canto se escutava
Era a princesa Zacimba
Que aos orixás cantava
Por justiça e liberdade
Todo dia ela clamava."
É isso amores!
Espero que gostem da dica, tanto quanto eu gostei desse livro.
Beijos,
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