Oi Pockets!
Tudo
bem com vocês?
Hoje vamos conhecer nosso autor de fevereiro do projeto #EuLeioNacionaisCP. O livro “Homens pretos (não) choram” do Stefano Volp foi o escolhido para nossa leitura mensal do grupo de leitura coletiva #EuLeioNacionaisCP.
Fale
um pouco sobre você
Stefano
Volp, 20. Nasci no Espírito Santo, mas moro no Rio.
Quando
você começou a escrever?
Comecei a me
especializar aos 18.
Por
que escrever?
Escrevo por uma necessidade natural de expressar minhas ideias e contar histórias que precisam ser narradas por alguém. Escrevo para viver.
O
que você tem em comum com os seus livros?
Me sinto
sempre em um processo de crescimento que depende do quanto exponho para mim
mesmo minhas vulnerabilidades. Eu escrevo sobre autoconhecimento, sempre. É o
maior ponto em comum.
Qual
foi o maior obstáculo que você já enfrentou ou enfrenta para se tornar
escritor?
A dificuldade de ter referências nacionais ou internacionais que se pareçam fisicamente comigo ou que tenham alguma história de vida que se assemelhe às minhas vivências. Referência é muito importante para qualquer artista.
Como
é a interação com seus leitores?
Respondo
todo mundo sempre que possível. Eu gosto dessa interação porque ela ajuda a
quebrar a glamourização que existe em torno de quem escreve livros. Gosto de
ser acessível.
Como
é a publicação pela Amazon?
É um dos
melhores caminhos para quem está começando. Uma forma de ser lido, participar
das listas e receber críticas de todas as formas.
Qual
gênero você mais gosta de escrever? Se for romance, qual seu subgênero
favorito?
Atualmente
tenho escrito thriller psicológicos, conhecidos lá fora como domestic noir. Mas
vim da escola da fantasia, e ainda gosto bastante de criar universos.
Como
funciona o processo criativo para você?
Respeitando
meus momentos, me forçando a escrever e não acreditando no mito da inspiração.
Não acredito que só se escreve quando se está inspirado. É preciso sentar e
separar um momento para escrever.
Meu processo
valoriza muito a estrutura do texto. Hoje já consigo escrever textos curtos
(contos e crônicas) sabendo o mínimo da estrutura narrativa daquela história.
Mas se for romance, só começo a escrever de fato quando planejei TUDO o que vai
acontecer.
Quais
os escritores que influenciam seu modo de escrever?
Hoje eu leio
muito roteiro de séries e filmes, então diria que os roteiristas de The
Handmaid’s Tale são preciosos pra mim. Na prosa, atualmente o Stephen Chbosky
me inspira bastante.
Quando está criando uma história você cria uma playlist para ajudar neste processo?
Raramente. E
eu não consigo escrever e ouvir alguma coisa ao mesmo tempo.
Qual
o livro favorito entre os que publicou?
Cada livro
tem um lugar especial pra mim e para os leitores. Minhas últimas obras me
deixam mais felizes.
Quais
canais usa para divulgar seu trabalho? E como tem sido o retorno?
Instagram e
twitter. Tem crescido em ambas as redes. Tem sido muito legal, porque estou
nessa há muitos anos e agora as coisas estão tomando proporções maiores.
O
que podemos esperar para o futuro em termos de história?
A continuação de O Segredo das Larvas, que é uma trilogia distópica afrofuturista. Ao que tudo indica, se chamará A Rebeldia das Larvas. E vem aí uma versão minha que ninguém viu. Lançarei um thriller psicológico por uma editora grande ainda em 2021.
Como
você sente que as pessoas têm recebido os novos autores?
Acho que
ainda há bastante preconceito com a literatura nacional, mas há também um
movimento muito forte e presente de valorização cultural. Tenho visto muitos
amigos alçando voos altos com a literatura no país, e isso é muito potente.
Mostra que estamos conquistando espaço em nosso próprio país.
Acha
importante o autor buscar se profissionalizar?
Não é só
importante como essencial. Um cirurgião precisa estudar antes de operar alguém.
Por que todo mundo acha que pode escrever um livro bom?
Qual
a característica mais marcante da sua escrita?
Vulnerabilidade.
O
que são seus leitores para você?
São
incríveis! Verdadeiros termômetros sobre o meu trabalho. E são também uns fofos
rs.
O
que de melhor e de pior a escrita te trouxe?
A escrita me
possibilitou atravessar um caminho social e intelectual que muitos dos meus não
puderam atravessar. Não há nada que eu possa listar como “pior”.
Como
é seu trabalho como cantor? E como roteirista?
A música pra
mim é um hobby e uma oportunidade de me expressar artisticamente numa faceta
diferente. Gosto desses desafios. Já o roteiro tem sido meu ganha pão mesmo.
Hoje trabalho desenvolvendo um longa e uma série para tv.
Deixe
um recado para as pessoas que já te acompanham e as que ainda vão chegar.
Literatura é
resistência. Leia para se transformar. Valorize a literatura do nosso país.
PING PONG
Cor? Preto
Filme? Ladybird
Série? Atlanta
Música? Self control, Frank Ocean
Cantor(a)? Adele
Raiz
ou Nutella? Depende
Dia
ou noite? Noite com certeza
Frio
ou calor? Frio
Livro
físico ou e-book? Depende da edição
Casar
ou comprar uma bicicleta? Bicicleta rs
Ficção
ou Não-ficção? Ficção
Viajar
ou ficar em casa? Depende da carteira
Gato
ou cachorro? Gato
Fast
Food ou Comida caseira? Caseira!
Freya nunca esteve tão perto da morte.
Habitante da colônia reservada para gente de pele negra, a jovem é constantemente assombrada pelo programa da Metrópole que seleciona garotas para passarem o resto da vida nas zonas elitizadas.
A verdade é que a promessa de um mundo melhor é um disfarce para um esquema de exploração. Freya sabe que, se for escolhida, sua identidade será arrancada pelo Estado enquanto será treinada para servir aos homens brancos da forma devida.
Com o pai jurado de morte e os últimos acontecimentos na Colônia, a garota se verá obrigada a fazer sacrifícios para vingar a vida de quem já se acostumou com a dor.
Como você enxerga o homem negro? O que é isto que ainda carregamos como herança dos tempos tão sombrios? Paradigmas. Estereótipos. O pai preto violento e ausente. O neguinho. O negão. Homem preto emasculado e hipersexualizado. Como quebrá-los?
Para oferecer uma visão contemporânea sobre masculinidade e os arquétipos do homem, sobretudo, negro, este livro reunirá 7 crônicas produzidas durante a quarentena.
Histórias sobre homens pretos e simples, escritas para quebrar estereótipos, desconstruir mitos e conduzir o leitor às reflexões profundas sobre as faces masculinas.
Lucas foi adotado por uma família rica e apesar de ter uma vida aparentemente perfeita, está prestes a se suicidar. Ele teria se jogado de um prédio, não fosse a mensagem recebida naquele exato instante. O canal de vídeos do gêmeo idêntico que ele simplesmente não conhecia.
Depressivo e ainda desmotivado a viver, Lucas decide viajar para o Rio de Janeiro atrás de Rafael e acaba vivenciando o início de uma amizade que poderá mudar sua vida para sempre.
Beijos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirÓtima entrevista amei, e já direto para o perfil do autor, quero muito conhecerr sua escrita e as obras. Desejo sucesso.
ResponderExcluir