Oi Pockets!!
No mês de março o tema da Leitura coletiva da #SociedadeLiteráriaCP foi terror, e fizemos pela primeira vez uma leitura dupla no grupo. Uma desta Leituras foi o livro incrível do REI Stephen King.
"-Meu nome é Annie Wilkes. E eu sou...
-Eu sei - disse ele - Você é minha fã número um.
-Sim - respondeu ela, sorrindo - É isso mesmo que eu sou."
Resenha: Nos leitores temos o hábito de nos apropriar das histórias. Nos tornamos amigos dos personagens, sofremos e choramos com as dores deles. Quem nunca teve aquela vontade de questionar um autor, sobre o porquê de isso ou aquilo acontecer com nosso personagem favorito, que atire a primeira pedra.
Mas, o que seriamos capazes de fazer para que a história seguisse por um caminho diferente do que foi escrito pelo autor?
Neste livro o autor Stephen King nos apresenta uma história de um relacionamento, nada saudável, entre um escritor, Paul Sheldon, e sua autointitulada "fã número um", Annie Wilkes.
Após terminar de escrever seu último livro, "Carros velozes", o autor resolve voltar para casa de carro e acaba sofrendo um acidente. A pessoa que o encontra é a ex enfermeira e fã do autor Annie Wilkes, que o resgata e leva para sua casa, isolada, para que ele possa se recuperar.
"A verdade não é mais estranha que a ficção, não importa o que digam"
O que Paul não sabia é que, o quê a principio parece um resgate, vai se transformar em um sequestro. Quando Annie, insatisfeita com o final dado pelo autor a sua personagem favorita, Misery, resolve que ele deveria escrever um novo livro, um em que a trouxesse de volta e desse um final feliz a personagem.
O curioso é que enquanto eu lia, apesar de toda a loucura da Annie, não conseguia me conectar com o Paul. Ele demonstra muito desprezo por ela, percebemos o quanto ele é orgulhoso e se acha mais inteligente, culto que ela. Ele a menospreza antes mesmo que ela dê motivos para isso.
Paul odeia a serie Misery, que por sinal é responsável por todo o dinheiro e sucesso que alcançou, ele acredita que ela não tem qualidade, é feita para leitores sem cultura.
"Porque escritores se lembram de tudo, Paul. Especialmente o que dói. Tire toda a roupa de um escritor, aponte para as cicatrizes e ele vai contar a história de todas, até as menores. As maiores rendem romances, não amnésia. É bom ter algum talento se você quer ser escritor, mas o único requerimento real é a habilidade de lembrar da história de cada cicatriz."
Para mantê-lo cativo Annie usa o fato de ele estar com as pernas gravemente feridas e também a dependência, que ela cria, em um medicamento para dor, Novril.
É muito interessante acompanhar os devaneios do Paul, durante seu cativeiro. Ele tem muita imaginação e por vezes cria, em sua mente, cenas inteiras sobre o desenrolar de fatos. Quanto a Annie, quanto mais conhecemos da personagem mais assustadora ela nos parece. Não é atoa que O Instituto Americano do Cinema incluiu Wilkes (a interpretada por Bates) em sua lista de "100 Heróis e Vilões", posicionando-a em 17° lugar.
Muitas partes da história você tem a impressão de que Paul Sheldon e Stephen King se misturam. Desabafos sobre escrever, a sensação de ser ver imerso nas drogas. A relação de amor e ao mesmo tempo de dependência da escrita, como um vicio ou uma droga.
O livro recebeu uma adaptação em 1990, rendeu um Oscar de melhor atriz a Kathy Bates, no papel de Annie Wilkes, além do Prêmio Globo de Ouro: Melhor atriz em filme Dramático e o prêmio Bram Stoker de Romance.
Em 2003 foi feita uma adaptação indiana inspirada no livro que recebeu o nome de Julie Ganapathi, esta confesso que não conhecia.
E você, gosta da obras do Stepen King?
Já assistiu a alguma adaptação de uma obra dele?
Me conta aí nos comentários.
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