Olá Pockets!!! Vamos trazer a resenha da nossa última leitura coletiva da Sociedade Literária: A Revolução dos Bichos!!!
A resenha é um pouco difícil de fazer, não pela complexidade da obra em questão, mas pela ampla análise, crítica que ela já possui, e por isso, já deveria ser lida, irei tentar dar uma visão mais diferenciada na história sob minha ótica pessoal dentro das áreas que tenho conhecimento e também da experiência da leitura em áudiobook pela excelente tocalivros!!!vamos lá!!!!
George Orwell foi magistral na construção dessa história, pois ele conseguiu desenvolver um conto de fadas crítico factual! Quem ler sem base alguma do pano de fundo que está por trás da narrativa -A revolução Russa-, consegue se envolver no que se passa na Granja do Solar, da épica luta que os animais conseguem travar pra se libertar do sistema (até então) precário que viviam sob tutela dos humanos, pra fatídica realidade que acabou se transformando a sonhada revolução criada por eles, vamos por ela: A revolução se inicia por um sonho (como toda aspiração humana para o bem e a justiça deve começar, é assim que se construiu religiões e democracias) do velho porco Major em que os animais vão tirar o domínio humano da fazenda e serem governado por eles, surgindo a expectativa de um sistema filosófico e político animal, o que se tornará o animalismo, com mandamentos fundamentais e até uma canção inspiradora "Bichos da Inglaterra".
Com os elementos postos por Major, veremos os bichos conseguirem expulsar Jones, o dono da Granja, sob liderança de 3 porcos: Napoleão, Bola de neve e Garganta, após o feito, eles vão colocar em prática os mandamentos e a canção, no entanto, como irão perceber, entre a teoria e a prática, vai surgir um abismo colossal, e é esse abismo que George Orwell se debruça para destacar o perigo de seguir a paixão por um ideal e deixarmos a razão de lado seguindo líderes e os tratando como salvadores perfeitos, o que ocorre com religiões e política em todo ciclo histórico, e o nosso cenário atual brasileiro, esse é o alerta que Orwell nos deixa, manter o sonho vivo, mas não deixar que a paixão cegue e o corrompa (como vai acontecer com o sonho de Major, os mandamentos e até com a canção)
Vale destacar alguns personagens que considerei marcantes: O Cavalo Sansão, que temos facilidade de se apegar pela valentia e carisma que ele tem na narrativa, mostrando como todos nós podemos ter a força para realizar mudanças, mas que elas podem se perder se não tivermos a iniciativa de questionar o motivo de fazermos algo para o coletivo, ficando preso numa rotina circular viciante, a do trabalho. O outro é o corvo Moisés, uma alusão evidente às religiões (no caso do livro, o cristianismo) em que ele basicamente é inútil, pois apenas usa a esperança dos bichos num lugar distante desconhecido, sem qualquer tivo de ação na realidade em que eles estão.
Nos contém já ouviram/leram essa
obra incrível?
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