Oiii Pockets!
A Idade da Razão, segundo livro escolhido para cumprir o Desafio do Mês de Abril do @amigosdaleituraoficial com o tema livros proibidos. Este livro fala sobre a problemática da liberdade, da consciência e da moralidade através da história de Mathieu Delarue, um professor de filosofia que defende a liberdade individual irrestrita, desprezando qualquer tipo de compromisso.
Somos levados a Paris às vésperas da Segunda Guerra Mundial, Mathieu apesar de ter asco por compromissos se relaciona com Marcelle. Adentramos em alguns dias da vida do nosso protagonista quando recebe a notícia de que será pai, Marcelle está grávida, isto cai feito uma bomba em sua vida, justo ele que foge de alianças.
“Renunciaste a tudo para ser livre”.
Aceitar a paternidade é o mesmo que se comprometer para sempre. Então ele busca desesperadamente por alternativas para a solução do problema. Sua vida previsível e controlada estaria próxima ao fim?
“És livre. Mas para que te serve a liberdade, senão para tomar uma posição? Levaste trinta e cinco anos na limpeza, e o resultado dela é o vácuo. És um corpo estranho, sabes?”.
Possui poucos amigos e não se engaja em movimentos políticos e muito menos sociais. Diante da gravidez de Marcelle, nada de externo pode vir em auxílio a Mathieu para decidir o que fazer. Como ele preza o descompromisso a solução seria o ab@rt@, não seria obrigado a se casar e muito menos ter um filho. Porém ele gosta da namorada e não suporta o fato de que ela viria a odiá-lo o que fazer? Teria que optar por uma escolha e rápido, a namorada ou a liberdade?
“Escolher ser isto ou aquilo é afirmar ao mesmo tempo o valor do que escolhemos, porque nunca podemos escolher o mal, o que escolhemos é sempre o bem, e nada pode ser bom para nós sem que o seja para todos”.
Em todas as escolhas algo fica para trás estamos dizendo sim para um lado e não para outro.
"Estava só em meio a um silêncio monstruoso, só e livre, condenado a decidir-se sem apelo possível, condenado à liberdade para sempre."
Realmente as obras de Sartre nos chacoalham, são perturbadoras tamanha a conexão que estabelece conosco, a reflexão é certa, em especial neste livro refletimos e muito nas nossas escolhas, liberdade, princípio da individualidade e o quanto tudo isso afeta não só a nós, mas à todos do nosso convívio.
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