Quando o amor tem que esperar - Jocenara da Costa

Olá Pockets!!! a resenha dessa vez é da parceria com a querida autora @jocenaracschardong com seu livro: Quando o amor tem que esperar.

A história do livro já instiga pela descrição da capa, na qual afirma ser uma história verídica de evolução, o que fica bem coerente conhecendo a trajetória da autora no próprio livro, onde ela diz ser uma espiritualista independente, logo, a narrativa vem de sua experiência de canalização espiritual com o auto entitulado Edu Almas, a explicação do nome descobrimos no fim da leitura.

A narrativa gira em torno de Cristina, filha de Cinara, mas a história é dividida em dois grandes momentos da família dela que é contado em forma de narração - em algumas partes o Edu Almas assume a direção pra explicar os acontecimentos-, na primeira parte conhecemos a origem de sua árvore familiar, em 1930 com Antunes e Maria Madalena, os quais já nas primeiras páginas são mostrados os desafios e escolhas que terão impacto no futuro, vindo principalmente das decisões e omissão por parte de Maria com seu filho Marcos Paulo, que terá um papel grande no arco das reviravoltas na história. 

O ponto de mudança vem com o relacionamento de Antunes com Anita, uma jovem que ele abriga após o incêndio de sua casa, dessa relação, o casal terá entre os filhos, a jovem Cinara, que é o ponto chave da segunda parte da história, que seguindo um amor proibido, acaba sofrendo bastante, e, em suas desilusões amorosas e experiências traumatizantes, vai tomando decisões que vão culminar diretamente na vida e em sua relação com sua filha, Cristina. 

Esse é o máximo que posso resumir do livro sem dar nenhum spoiler pra vocês rs. Sobre a narrativa, ela é bem direta e chocante em muitos momentos, pois, se levar em conta que é uma história verídica, percebemos o quanto escolhas ruins podem ter consequências que vão além das pessoas que tomaram tais decisões, muitas na história por sinal, atravessam gerações.

A história contém muitas reviravoltas, muitas mesmo, o que até dá pra estranhar pelo tamanho pequeno do livro, a justificativa fica por conta da forma como ela foi escrita que fica até de forma irônica ao título, o qual fala sobre esperar e a narrativa tá bem apressada rs, mas a explicação vem do fato dela ter sido, segundo a autora, canalizada, logo, ela apenas escreveu exatamente da forma como recebeu, isso também justifica a supressão repentina de alguns personagens secundários que são peça chave na história, eles desaparecem muito rápido, que às vezes fica uma sensação de edição bruta, mas dá pra entender pela proposta e o foco de como ela foi desenvolvida. 

E falando em desenvolvimento, não podemos deixar de falar sobre a editoração do livro em geral, a Jocenara está de parabéns pelo trabalho, pois foi feito de forma totalmente independente é está um primor, superior entre muitas editoras do ramo, as cores e a diagramação do texto e o tamanho da fonte dão um conforto excelente pra leitura, até com pouca iluminação você consegue aproveitar a leitura, os capítulos são feitos de forma didática e organizada de acordo com os acontecimentos da história, e por fim, da história realmente dá pra tirar muitas lições pra vida, de como nosso julgamento da vida dos outros, escolhas feitas sem reflexão e por impulsos contaminam tudo a nossa volta, inclusive a nós, se tornando um veneno humano poderoso.

Abraços!