Hello Pockets, como vão? Espero que muito bem.
Encerrando o desafio mensal do @amigosdaleituraoficial, com o terceiro tema: 📍 Tema 3: Um livro premiado, minha escolha: Cumbe de Marcelo S’Salete.
Cumbe é uma HQ que foi premiada em 2.018 com um dos maiores prêmios para um artista do gênero: o Eisner Award. Uma obra perfeita, que esplendorosamente sem nenhum exagero da minha parte, aborda a escravidão, essa cicatriz que muitos de nós carregam em suas almas e que segue na história do nosso país, um contexto histórico de mais de 300 anos.
A palavra “Cumbe”, significa: luz, fogo e força, o que expressa bem a vida de luta dos personagens retratados.
“Tentei levar o foco para os personagens negros escravizados. Não foi algo simples. Mas sim, este é um dos elementos mais interessantes da narrativa. Além disso, é possível observar que eles atuam e sobrevivem em diferentes contextos da sociedade escravista brasileira.”
Há tantos relatos emocionantes nos quadrinhos que os olhos insistem em piscar tentando conter as lágrimas que teimam em cair, como por exemplo os dramas e laços que envolvem o casal que planeja uma vida melhor tentando fugir, mas que encontram no medo e na paixão obstáculos tão maiores e tão mais fortes que os próprio grilhões da senzala. Outro é da escrava e dois negros que se envolvem em um triângulo amoroso, que acabam por derramar mais sangue do que sua situação pré existente surgindo a competição acirrada por atenção inflando os ciúmes e ódio.
D’Salete apesar de toda dor e violência que o contexto nos apresenta com maestria recheia as páginas com sua escrita magnífica e poética, não há nada colorido mas mesmo assim os sentimentos saltam as linhas.
A riqueza desta HQ é tão latente não há ali nada que nos remeta ao romantismo muito pelo contrário a dureza a crueza são presentes, dando voz e demonstrando a real importância do escravizado.
“Penso que é um momento especial em que, no mundo, e, principalmente em países aqui da América – Brasil e também Estados Unidos –, que essa discussão étnico-racial está em voga”
Se você como eu ama Hqs se aventure por estes quadrinhos estupendos percorrendo o Brasil Colonial, e tire o máximo de mensagens ali de onde partimos e o que queremos e devemos lutar por um Pais melhor.
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