Hello Pockets, Como vão? Espero que muito bem.
Como vocês sabem amoooo um desafio e para aumentar ainda mais a gama de livritchos lidos, participo mensalmente do proposto pelo @amigosdaleituraoficial, cujo primeiro tema foi: Um livro com o tema “pai” ou que fale sobre “paternidade”, minha escolha: “Livre para voar: A jornada de um pai e a luta pela Igualdade por Ziauddin Yousafzai.”
Ao desbravar esta obra entendo perfeitamente a garra, a resistência e a resiliência de Malala, não era para menos com um apoio extremamente importante de uma figura tão essencial para nós as filhas: seu genitor. A luta travada por Ziauddin Yousafzai foi além da ousadia, um sonho e uma luta que jamais será esquecida, uma jornada árdua sem contar arriscada para que não só sua filha tivesse acesso à educação, mas todas as meninas pudessem e também serem reconhecidas e respeitadas da mesma forma que os meninos sempre foram.
“Venho de um país onde fui servido por mulheres durante a vida inteira. Venho de uma família em que meu gênero me fazia especial. Mas eu não queria ser especial por essa razão.”
Com a colaboração da jornalista e escritora Louise Carpenter, relata em frases de impacto e carregadas de emoção os obstáculos encontrados, o medo a insegurança pela vida do seu ente mais valioso, este livro é uma leitura necessária.
“Quando penso nos feitos de Malala, penso também nas outras mulheres de minha vida a quem amei, mulheres como minha prima e minhas irmãs, que não pude proteger da crueldade e da injustiça da sociedade. Tive de presenciar a injustiça em suas vidas para prometer que minha família seguiria outro caminho. Essas outras mulheres, tias, primas de segundo grau e avós de Malala, passaram a vida sonhando os sonhos de outras pessoas e obedecendo aos desejos de outras pessoas. Penso em todo o potencial que traziam dentro de si. Mas esse potencial ficou inexplorado, subestimado, desconhecido. Ninguém queria acreditar nele.”
Ziauddin percebeu desde jovem que as mulheres em sua cultura eram menosprezadas, tratadas como uma subespécie, que não merecem inclusive terem nascido, não possuíam certidão de registro de seus nascimentos um exemplo disto a própria mãe de Malala, Toor Pekai.
“Quando se defende uma mudança, essa mudança vem.”
O autor diz que as meninas são como os pássaros que têm as asas cortadas tão rentes à carne que fica impossível o simples ato de voar. Tão impossível que os pássaros nesta condição logo desistem, pois “entendem” que não são capazes.
“Realmente acredito que as normas sociais são grilhões que nos escravizam. Acostumamo-nos a essa escravidão e então, quando rompemos os grilhões, a primeira sensação de liberdade pode assustar, mas, quando começamos a senti-la, percebemos na alma como é gratificante.”
Como prática diária Ziauddin respeita a esposa e a filha como iguais, e assim o exige de seus outros filhos, os meninos cresceram em meio a essa rotina, absorveram esse comportamento.
O que mais me encantou também é ter conhecido um pouco mais de como enfrentou ser um pai liberal no ocidente, caminhar entre o amor à poesia e sobre aprender a ficar nos bastidores sem interferências, apenas observando e torcendo pelos filhos no momento de cada um levantar voo e ter plena certeza da imensa contribuição que teve na vida d cada um deles.
Gostei de Ziauddin ter dedicado um capítulo inteirinho a Toor Pekai, “a ativista silenciosa”, sua “esposa e melhor amiga”.
Super indico a vocês esta leitura uma obra inspiradora e repleta de sentimentos!
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