Hello Pockets, hoje vou falar sobre “A Casa de Doces” de Jennifer Egan um dos títulos que escolhi para participar do desafio Challenge 2023 do mês de fevereiro, cujo tema era capa colorida.
Vou desabafar um tico com vocês, pensa em obra que dá um nó em nossas cabeças, sim um nó, céusssss, ela foi publicada em maio de 2022 nos EUA e em setembro aqui no BR pela querida @intrinseca, e esta obra mantém o caráter que tornou Jennifer conhecida no mundo inteiro: os diferentes formatos utilizados em sua narrativa.
A Casa de Doces foi reconhecido como um dos dez melhores livros de ficção de 2022, pela Publishers Weekly, e também recebeu a medalha de excelência em ficção de Andrew Carnegie. Ele é, na verdade, uma sequência de “A Visita Cruel do Tempo” (2010), trazendo de volta vários dos personagens que apareceram naquele romance. Há quem diga que este livro não é uma continuação e sim um gêmeo do citado.
Personagens menores são lançados no meio da história, mas não se tornam menos importantes, fazem aparições estilo Hitchcock, este livro é um romance de easter eggs, realmente encontramos várias guloseimas encrustadas em algumas piadas intercaladas.
Bem vamos a um pouco da história: Bix é uma pessoa inquieta na busca incessante de noivas descobertas, vive observando e na captura de novas ideias, pensamentos e visões dos outros, cria a Own Your Conscious, que possibilita que as pessoas carreguem e compartilhem todas as suas memórias e pensamentos, em troca, podem acessar as dos outros.
Um grande número de pessoas tem curiosidade, apesar de se sentirem atraídas pela Candy House, nem todos estão convencidos, são conhecidos como os eluders, seu ceticismo os faz tentar viver fora da rede, usam proxies, e os Contadores que são os empregados que são pagos para identificá-los e rastreá-los. E a partir daí a conexão, o mistério e tudo o mais se entrelaça.
Apesar de ser ficção e envolver muita, mas muita mesmo, tecnologia, nos faz refletir imensamente para onde nosso mundo está se movendo, abordando questões como: memória, momentos compartilhados, família, companheirismo, amor e privacidade.
A Casa dos Doces é muito difícil de descrever, porque parece ter sido escrita por um ou mais autores com diversas personalidades, diria até que ele é polifônico, parece exagero, mas não é cada capítulo é escrito em um estilo completamente diferente, com personagem diferente e em um período de tempo diferente, leia e irá me entender.
Só posso dizer que ele é esplêndido, cativante, deslumbrante, extraordinário, comovente, ousado, singular, único pelo menos até o momento, não sei se terá continuação, mas dentro da proposta ele atingiu e superou todas as expectativas.
Beijocas docinhas.
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