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Vidas Trans: A luta de transgêneros brasileiros em busca de seu espaço social

Hello Pockets, hoje vamos falar sobre uma obra linda que foi publicada pela primeira vez em 2.017 pela querida @astralcultural sob o título Vidas Trans: A coragem de existir; e que em 2.022 recebeu uma nova versão com o título Vidas Trans: A luta de transgêneros brasileiros em busca de seu espaço social.

Logo que recebi fiz uma foto singela para vocês, mas ao me deparar com belíssimos relatos autobiográficos sobre a percepção da identidade de gênero e o processo de cada um, as descobertas, as inseguranças, e a aceitação, pensei não posso simplesmente fazer um resumo preciso refletir e preparar um texto que esteja à altura desta obra, espero que tenha conseguido.

Bem vamos lá, cada um destes autores, compartilham conosco através de cada uma destas 176 páginas, suas histórias, suas experiências, dores, os dias de luta e militância pelo simples direito aos nomes e aos corpos pelos quais se identificam.

Nos quotes abaixo penso que vocês conseguirão sentir um pouco, do que é este livro:

“A verdade é que o mundo ainda não está preparado para nós e infelizmente, ainda serão necessários muitas dessas outras cenas, desses questionamentos e dessas situações embaraçosas, até que as pessoas consigam compreender e aceitar que as coisas estão mudando e que nós sempre existimos, mas que agora não precisamos mais nos esconder.”

“A transição entre como nosso corpo era, para a forma com a qual nós nos identificamos, é um nascimento: tornamo-nos nós mesmos. Engana-se terrivelmente quem acha que a nossa jornada é para fora, ela é para dentro.”

“O medo de sofrer violência, primeira coisa que me ensinaram, primeira coisa que ensinam uma criança a temer, era muito maior do que a vontade de descobrir quem eu era. Escolha? Não sei bem se podia pensar em escolha, bloqueio, talvez, travas, adestramento sistemático para você sequer perceber a máscara que botaram em seu rosto quando nasceu, e, caso um dia perceba, não ousar jamais perguntar-se o que há por trás dela.”

Vocês devem se perguntar então por que apesar das lutas pelos direitos muitos ainda demoram ou simplesmente desistem? Ao adentrar neste cenário entendemos todos os motivos, entre eles: as questões familiares que são latentes, o preconceito que grita, e em muitos casos a exclusão que explicita sem dó e nem censura a não empregabilidade, o medo de repressão social e da polícia.

Entre os já citados há ainda as condições financeiras, pois até o ano de 2.008 a cirurgia de redesignação sexual e os custos do necessário tratamento hormonal não eram oferecidos pelo SUS.

Este livro deveria ser obrigatório, para muitos reavaliarem suas condutas, suas posturas, e suas falas, empatia é a palavra de ordem, respeito a segunda na escala de necessidades e humanidade, lembrando que todos possuem os mesmos direitos inclusive o de serem quem quiserem.

Não podemos sentir com exatidão as dores e as repressões, mas podemos nos solidarizar e lutarmos ao lado deles para obtermos um mundo mais saudável e mais humano.

Beijocas queridos e inté a próxima.



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