Cleópatra e Frankenstein - Coco Mellor

“Cleo e Frank não conseguiam fazer um ao outro feliz, por mais que tentassem.”

Como começa uma história de amor?

Quando ela termina? Será que porque acaba não é amor?

Hoje vamos falar do Livro Cleópatra e Frankenstein romance de estreia da autora @cocomellors publicado pela editora @astral.cultural que narra a trajetória de um casal, mas também de um grupo de amigos que estão ligados a eles. Um livro que pode ser ate mesmo doloroso que nos mostra como as decisões espontâneas podem moldar nossa vida e vida daqueles que nos cercam.

Cleo conhece Frank no elevador ao sair de uma festa, a diferença de idades deles é de quase duas décadas, mas isto não é empecilho para que apenas alguns meses depois de se conhecerem eles estejam casados.

Cleo é uma artista inglesa que precisa de uma justificativa para permanecer em NY e Frank um publicitário que está indo muito bem, mas que trabalha muito e muitas vezes coloca o trabalho e a bebida acima das outras coisas da sua vida.

Ambos estão muito quebrados por suas histórias pregressas e esta decisão impulsiva de se casar a cada dia se mostra mais difícil de se sustentar. Cleo vai se afundando em tristeza e dor e não sabe como sair do poço. Frank por sua vez não consegue perceber como apesar de “prover tudo” que Cleo precisa ela continua triste e infeliz e neste ciclo eles acabam se ferindo.

A narrativo não fica presa apenas a Cleo e Frank temos capítulos narrados pelos amigos e pessoas que de um form ou outra acabam impactadas pelas decisoes do casal.

Apesar todos estarem ligados pelo casal em seus capítulos a narrativa vai para além deles pois assim como na vida as pessoas da nossa vida não orbitam ao nosso redor.

“Ela era uma artista, como você. Com um - não sei como dizer isso bem - um ego grande, mas uma auto-estima pequena? 

Uma coisa que me chama atenção na história é que a autora trabalha muito bem a relação entre a mulheres elas demonstram muita empatia umas pelas outras e mesmo em situações que poderíamos encontrar a rivalidade elas acabam achando o caminho para o poio mutuo e isso e muito legal de encontrar no livro.

"O que você faz para não ficar triste?", pergunto.
"Eu me deixei sentir triste."

Apesar de eu ter gostado muito do livro não consegui ler rapidamente acho que ele pede reflexão a cada capitulo concluído, você precisa digerir a história para aprecia-la, pois não e leve, mas sim densa e muitas vezes triste. Por isso mesmo deixo aqui o alerta que este livro pode ter gatilhos de depressão e suicídio e deve ser lido como devido cuidado.

Agora um comentário pessoal: Durante o mês de julho eu estava lendo também “Depois do sim da Taylor Jenkins Reid” e fiquei encantada em ler duas perspectivas tão diferentes sobre o mesmo tema. Fiz muitas comparações entre um casal e o outro, a forma como cada autora apresenta a relação de um casal e a forma que eles encontram para lidar com os problemas. Ambas as histórias se mostraram ótimas de formas completamente diferentes.

Beijos até a proxima!