Hello Pockets! Imaginem uma história de fantasia que une deuses despertos, a força das palavras e o amor através delas, aliados ao poder inquebrantável espírito humano. Esse é o segredo de “Divinos Rivais”, um livro lançado aqui pela Globo Alt, da escritora Rebecca Ross, que tem encantado leitores por onde passa.
Tendo como plano de fundo um cenário que lembra o da Europa durante a Primeira Grande Guerra, esta romantasia, chega dividindo países, deuses caminhando entre nós, movidos por paixões e obsessões milenares. Em meio a esse período conturbado, conhecemos Íris e Roman, dois jovens jornalistas dispostos a conseguir um cargo de destaque no principal jornal da cidade, fato que os colocaram em lados opostos.
Mas quem pensa encontrar aqui os elementos clássicos do “enemy to lovers”, engana-se. Aos poucos, os dois vão revelando que são mais que meros clichês, colocando em duelo classes sociais, diferenças profissionais devido ao sex0 e outras questões que esse tipo de livro traz. Mostra, sim, de uma maneira que prende o leitor, a fragilidade das relações, das expectativas que devemos suprir pelos nossos pais e os sacrifícios que fazemos pelo que amamos.
Um elemento-chave, e fantástico, que permeia a trama, são as cartas. Tanto que no original, esse é o primeiro livro de uma Duologia chamada “Divine Letters”, ou Cartas Divinas. Isso porque Íris, para suprir a dor de ter um irmão no campo de batalha sem receber notícias, começa a escrever cartas para ele, e passa-las debaixo da porta do armário que dividia com o irmão. O fato é que, misteriosamente, as respostas começam a aparecer – do nada – dentro do mesmo móvel. Quem será que as responde, e porquê?
Ao descobrir isso, o que muitos já fazem suas suposições e acertam antes da metade do livro, deixa tudo ainda mais delicado e humano. Divinos Rivais é literalmente, um presente, pela precisão que insere elementos fantásticos em um contexto de sentimentos e questionamentos reais, como mostra a força para continuar mesmo quando não temos mais esperança e, mais ainda, como a linha tênue entre o amor e o rancor pode destruir – ou salvar – as pessoas na essência.
Mal posso esperar pelo final dessa história, que está prometida ainda para esse ano.
Beijocas e inté a próxima.
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