Sab de Gertrudis Gomez de Avellaneda

Hello Queridos Pockets!!! Amo além da vida os projetos lançados no catarse, já falei aqui para vocês desta plataforma de financiamento coletivo, e amo mais ainda os lançados pela @pinardi.livros.

A Pinardi é uma editora latinoamaericana, que nos presenteia com obras sensacionais, hoje trago para vocês; “Sab” de Gertrudis Gomez de Avellaneda e publicado em Madrid em 1841.

Considerado o uns dos primeiros livros que retratam a escravidão na América Latina, esta obra fala sobre a realidade de Cuba no início do século 19 de tal forma que chegou a ser proibido em seu país de origem por “expressar doutrinas subversivas ao sistema”. No ano de sua publicação, em 1841, a nação caribenha contava com cerca de 400 mil escravos.

Uma história de amor não correspondido entre Sab, um escravo mulato, e Carlota, filha de seu senhor. Carlota desconhece os sentimentos do escravo, mas se opõe ao sistema escravocrata. Porém, ela se apaixona por um mercador ganancioso, Enrique Otway, que só pretende se casar com ela pelo dote e pelo prestígio que sua família tem.

Cada uma destas páginas se passa no meio do relacionamento desses dois personagens, que planejam se casar e iniciar relações comerciais, porém, os acontecimentos que ocorrem posteriormente farão Carlota se arrepender de tal compromisso. O cenário predominante é a zona rural, principalmente de produção açucareira, de Cuba.

Escrito quando vigorava o romantismo na literatura europeia, tudo ocorre em meio a vários acontecimentos recheados de cogitações e contradições sobre: raça, cor, “embranquecimento”, escravidão e feminismo, entrelaçadas em um discurso transgressor profundamente enraizado na Cuba do século XIX.

Sab, é considerado por alguns estudiosos como um romance antiescravista, e alguns também sugeriram que critica a instituição do casamento. Para outro crítico, Sab é “o único romance feminista-abolicionista publicado por uma mulher na Espanha do século XIX ou na sua colónia escravista Cuba”.

Eu simplesmente amo a imensidão de títulos que são descobertos, a literatura é tão rica que nem sei quantas vidas necessitaríamos para conhecer um pouco mais, obras como esta que dá o espaço de falaclareando a realidade de opressão desconhecida ou melhor, deixada de lado por muitos, a violência e abandono a qual estes personagens com suas lutas solitárias estavam inseridos na sociedade oitocentista cubana.

E para finalizar meus queridos devem uma olhadinha nos próximos financiamentos do @cartarse, a @pindari está com um superespecial o: “250 livros notáveis da literatura mundial”, segue o link amados: https://www.catarse.me/250livros?ref=ctrse_explore_pgsearch

Quem nunca fez uma lista kilométrica de desejos literários?

“Há mais livros no mundo do que horas para lê-los. Portanto, somos profundamente influenciados pelos livros que não lemos, que ainda não tivemos tempo de ler.” (Umberto Eco)

Beijocas e inté a próxima,