Tudo bem com vocês? O inicio do ano começou, e espero que seja repleto de leituras incríveis para vocês. Esse livro foi lido ano passado, mas é uma leitura divertida que vou dividir com vocês.
Não conhecia a autora, mas a escrita flui bem e com diálogos bem divertidos, e com reflexões interessante.
“ - (…) Tudo o que Lady Truelove lhe diria, de qualquer forma, é para seguir seu coração e me amar. Ame-me, Henry, case-se comigo e me ensine a ser a melhor duquesa possível para que possamos, juntos, cuidar de nossas famílias e tornar o mundo um lugar melhor.”
Título: A Verdade sobre amores e duques
Autora: Laura Lee Guhrke
Editora: Harlequin
Ano:2018
Nº Páginas:320
Classificação: 4
SINOPSE:
Henry Cavanaugh, duque de Torquil, anseia por uma vida ordenada e previsível. A única que o ajuda com isso era a mãe... até ela se apaixonar por um artista e decidir seguir o conselho amoroso de Lady Truelove, largando tudo para seguir os desejos do coração. Agora Henry vai exigir que a mulher mexeriqueira que deu aquele conselho imprudente o ajude a impedir que o nome da sua família acabe na lama. Irene Deverill é o que a sociedade londrina considera uma ovelha negra: dirige o jornal da família, é uma solteirona e tem orgulho disso! Mas ninguém sabe que ela possui um grande problema nas mãos: o duque de Torquil demanda que ela o ajude a resolver os problemas da sua família. Esse relacionamento forçado fará despertar nela sentimentos que nunca pensou possuir.
RESENHA:
A história começa com o Duque Henry Cavanaugh, que descobre na mesa de café da manhã, que sua mãe fugiu, e que pretende casar-se com um artista italiano, o que o deixa furioso, além de pensar no que as irmãs iram sofrer da sociedade caso isso realmente aconteça. Henry é um duque, que realmente se preocupa com a família, e acaba sendo muito liberal até, em relação a algumas situações dos membros da família.
Henry descobre sobre o caso da mãe numa coluna de jornal, a qual a Lady Trulove dar um conselho para a mesma seguir seu coração. E com isso Henry vai até o jornal para tirar satisfação e qual sua reação ao descobrir que a responsável é Irene Deverill, que além de ser mulher, sufragista e criou as colunas de fofocas e uma no qual ela dá conselhos amorosos sob o pseudônimo de Lady Truelove.
"Quando se semeia ventos, srta. Deverill, deve-se estar sempre preparado para colher as tempestades."
Henry exige que Irene de um conselho contrário a sua mãe, para que ela possa desistir da ideia de casar, porém Irene não concorda e defende o direito da mãe dele, decidir sua própria vida, já que a mesma é viúva e independente. Mas Henry, não aceita, e diz que irá usar de todo seu poder como Duque e nobre para destruir o jornal. Mesmo assim Irene, não desiste.
Porém Henry acaba fazendo uma jogada de mestre, pois ao falar com pai de Irene que é alcoólatra, e concorda que ela e Clara sua irmã mais nova deva ser inserida na sociedade e perdoada pelas atitudes da mãe dela, e restabelecer o contanto com a família da mãe que é bem vista pela sociedade, o pai aceita vender o jornal para o Duque. Porém Henry faz uma proposta a Irene, que ela fique duas semanas na casa dele, e convença a mãe dele a mudar de ideia, se ela conseguir ele não compra o jornal.
"Estar na presença do duque já era algo complicado quando ele era difícil. Quando era amável, era devastador."
E nesse caso, já percebemos que não vai da muito certo, porque Irene não é de ficar calada, e fala o que lhe da vontade, sem se preocupar com o que os outros irão dizer, principalmente Henry, porém ela acaba mudando um pouco a atitude por Clara, que sonha em participar dos bailes e festejos da sociedade.
E a convivência com Henry vai acabar explodindo numa verdadeira atração, pois mesmo que Irene tenha uma língua afiada, mas que ela é uma mulher responsável, que coloca seu desejos atrás do da irmã e está sempre disposta a escutar e ajudar quem precisa. E Irene percebe, que Henry não é só um duque arrogante, mas uma homem que valoriza a família, que faz o possível para que todos sejam felizes, mesmo quando acha que sua opinião é a mais aceitável para cada um dos membros da família.
“- Amamos quem amamos, Henry. O amor não pode se curvar à vontade pessoal.”
Henry e Irene são dois personagens que são íntegros, que são apaixonáveis. Cada um tem seu encanto. Henry mesmo não mostrando tem um coração imenso e Irene tem esperança de encontrar um amor. Os diálogos dos dois são sempre divertidos e a gente sente a atração entre eles.
O que achei interessante, é que nessa leitura a autora coloca muito o mocinho Henry com muito pudor, e em relação a Irene mais liberal, mas acredito que seja muito por Irene ser feminista e lutar por seus direitos de igualdade.
"O sorriso de Irene se alargou, e Henry sentiu o calor penetrar nele, acomodando-se em seus ossos e provocando um prazer oriundo não apenas do desejo, mas de algo mais intenso e profundo que ele não tinha certeza se queria explorar."
Embora seja um romance de época, a autora foca em temas bem realistas e que forje de como o assunto era visto naquele período, pois ela coloca uma personagem já com um pensamento feminista e bem firme nos seus pontos.
Uma relação entre classes sociais diferentes, assim como toca no caso de uma mulher viúva ter um amante, que não era bem visto pela sociedade, embora um homem pudesse manter seus casos. E o mais interessante é por uma personagem que trabalha, e nessa época as mulheres eram vista apenas como donas de casa.
"-Eu pretendo marchar nas ruas e lutar pelo voto feminino sempre que tiver a chance - respondeu Irene. - Mas, no momento, administrar o jornal toma todo o meu tempo."Esse livro tem uma história excelente, um romance de época para não colocar defeito. A escrita da autora flui muito bem, além de uma diagramação ótima da editora Harlequin.
Super recomendo a leitura. E aproveite e leia com um xícara de chá e uns biscoitos de maisena, para alegrar sua leitura.
“- (…) Não importa o que diga, ou como queira definir o sentimento, você a amava e, para mim, o amor nunca é um erro, mesmo que traga dor ou não dure.”Beijos até mais...